Área do movimento de vertente em que o material deslocado se encontra acima da superfície topográfica original.
Área do movimento de vertente que se encontra abaixo da superfície topográfica original
Tipologia de movimento de vertente. Corresponde a uma rotação de uma massa de
solo ou rocha a partir de um ponto ou eixo situado abaixo do centro de
gravidade da massa afetada.
Área adjacente à parte superior da cicatriz principal, praticamente não afetada pelo movimento. A eventual presença de fissuras testemunha o efeito de tração neste setor.
Superfície inclinada ou vertical que limita o movimento de vertente na sua parte superior.
Semelhante à cicatriz principal do movimento de vertente mas observável no material deslocado. É originada por movimentos diferenciais dentro da massa deslocada.
Volume de material perdido, definido pelos limites da cicatriz principal, superfície da massa abatida e superfície topográfica original.
Tipologia de movimento de vertente. Deslocação de solo ou rocha a partir de um talude abrupto, ao longo de uma superfície onde os movimentos tangenciais são nulos ou reduzidos. O material desloca-se predominantemente pelo ar, por queda, saltação ou rolamento.
Tipologia de movimento de vertente. Movimento de solo ou rocha que ocorre dominantemente ao longo de planos de rotura ou de zonas relativamente estreitas, alvo de intensa deformação tangencial.
Sub-tipologia de deslizamento. Ocorre ao longo de superfícies de rotura curvas, em meios geralmente homogéneos e isotrópicos. A sua forma topográfica é característica: como o plano de deslizamento é côncavo, o movimento envolve uma rotação, materializada por um abatimento na parte montante do deslizamento e por um levantamento do seu setor frontal, formando aclives mais ou menos pronunciados.
Sub-tipologia de deslizamento. Ocorre ao longo de superfícies planares, é típico de meios anisotrópicos e apresenta, frequentemente, um controlo estrutural evidente. O plano de rotura desenvolve-se ao longo de superfícies de fraqueza, marcadas por uma resistência ao corte reduzida, como falhas, planos de estratificação, diáclases ou contacto entre uma cobertura detrítica e o substrato rochoso. A superfície de rotura planar condiciona, frequentemente, a deslocação do material instabilizado para além dos limites do plano de deslizamento.
Tipologia de movimento de vertente. Movimento espacialmente contínuo onde as superfícies de tensão tangencial são efémeras e frequentemente não preservadas. A distribuição de velocidades na massa deslocada assemelha-se à de um fluido viscoso. As tensões distribuem-se por toda a massa afetada, conduzindo, geralmente, a uma grande deformação interna dos materiais e à existência de velocidades diferenciadas, quase sempre maiores junto à superfície.
Sub-tipologia de escoada. Mistura de material fino a grosseiro, com conteúdo em argila normalmente inferior a 5% e com uma quantidade de água variável, formando uma massa que se desloca em direção à base da vertente, normalmente por impulsos sucessivos induzidos pela força da gravidade e pelo colapso repentino dos materiais de suporte. O efeito de fluidificação pela água tem, em regra, um papel fundamental no desenvolvimento do processo. As escoadas mais típicas têm uma densidade elevada e são canalizadas por canais pré-existentes, na desembocadura dos quais o material se deposita sob a forma de cone ou leque de dejeção.
Sub-tipologia de escoada. Equivalente à escoada de detritos mas contém, pelo menos, 50% de partículas da dimensão da areia, silte e argila.
Tipologia de movimento de vertente. Deslocação lateral de massas coesivas de solo ou rocha, combinada com uma subsidência geral no material brando subjacente, alvo de liquefação ou escoada. Pode resultar da liquefação ou escoada do material brando subjacente. Este processo, marcado sempre pela ausência de roturas basais bem definidas.
Fator directamente responsável pelo desencadeamento de um determinado movimento de vertente. Os fatores desencadeantes podem ser divididos em (i) geológicos; (ii) morfológicos; (ii) geomorfológicos; (iii) físicos; e (iv) antrópicos.
Limite lateral do movimento de vertente. Quando se usam os termos direito e esquerdo, estes referem-se ao movimento observado de montante.
Faixa que define o limite jusante da massa afetada, em geral com uma forma convexa.
Inclui todos os movimentos induzidos pela gravidade, com a exclusão daqueles onde o material é mobilizado por um agente de transporte, como o gelo, neve, água ou ar, designados por transporte em massa. Inclui: (i) movimentos de vertente; (ii) movimentos de subsidência (abatimentos e assentamentos); (iii) reptação (creep); e (iv) processos ligados à ação da neve e do gelo.
Engloba todas as formas de deslocação incluídas nos movimentos de vertente e todos os materiais que podem ser colocados em movimento com exceção de neve e gelo. Abrange: (i) movimentos de vertente; (ii) movimentos de subsidência (abatimentos e assentamentos); e (iii) movimentos associados à expansão/retração de solos argilosos. As exclusões do âmbito dos movimentos de terreno são: (i) reptação (creep); (ii) movimentos associados à neve e ao gelo.
Todo o deslocamento de massas instabilizadas de rocha ou solo que se destacam de um maciço rochoso ou terroso, seguindo-se a sua movimentação, mais ou menos rápida, progredindo o centro de gravidade sempre para jusante e para o exterior da vertente, podendo essa movimentação envolver vários processos, tais como desabamentos, balançamentos, deslizamentos, expansões laterais e escoadas. As exclusões do âmbito dos movimentos de vertente envolvem: (i) movimentos verticais de abatimento e assentamento (subsidência); (ii) efeitos da expansão/retração dos solos argilosos (iii) avalanches de neve.
Tipo de estado de atividade de um movimento de vertente. O movimento de vertente apresenta atividade atual.
Tipo de distribuição de atividade num movimento de vertente. O plano de rotura expande-se na direção de um ou de ambos os flancos do movimento de vertente.
Tipo de distribuição de atividade num movimento de vertente. O plano de rotura expande-se na direção da movimentação do material deslocado.
Tipo de estilo de atividade de um movimento de vertente. O movimento de vertente apresenta, pelo menos, duas tipologias em sequência.
Tipo de estilo de atividade de um movimento de vertente. O movimento de vertente apresenta, pelo menos, duas tipologias em simultâneo, em diferentes partes da massa deslocada.
Tipo de distribuição de atividade num movimento de vertente. O movimento de vertente apresenta um desenvolvimento incipiente, existindo uma cicatriz mas não um plano de rotura visível na base da massa afectada. A deslocação a montante é compensada pela compressão dos materiais envolvidos e não se prolonga muito para jusante.
Tipo de distribuição de atividade num movimento de vertente. O material mobilizado em cada reativação do movimento de vertente tem progressivamente menor volume.
Tipo de estado de atividade de um movimento de vertente. O movimento de vertente não sofreu movimentação no último ciclo estacional (ano climatológico). Um movimento de vertente inativo pode ser: (i) dormente - pode ser reativado em qualquer altura, já que as causas que o determinaram continuam em presença; (ii) abandonado - já não é afetado pelas causas que o originaram; (iii) estabilizado - foi alvo de medidas corretivas artificiais que desativaram os fatores de instabilidade; (iv) relíquia - verificado sob condições ambientais diferentes das atuais; e (v) reativado - ativado após um período de inativação.
Tipo de estilo de atividade de um movimento de vertente. O movimento de vertente apresenta um desenvolvimento repetido, com partilha do plano de rotura.
Tipo de distribuição de atividade num movimento de vertente. O plano de rotura do movimento de vertente expande-se para montante, na direção oposta à do movimento do material deslocado.
Tipo de estilo de atividade de um movimento de vertente. Movimento único do material afectado, geralmente sob a forma de um bloco pouco deformado.
Tipo de estilo de atividade de um movimento de vertente. O movimento de vertente apresenta um desenvolvimento repetido, sem partilha do plano de rotura.
Tipo de estado de atividade de um movimento de vertente. O movimento de vertente não apresenta atividade atualmente mas registou movimentação no último ciclo estacional (ano climatológico).
Parte da massa afetada que se desloca para além do limite jusante do plano de rotura e se sobrepõe à superfície topográfica original
Superfície de deslizamento. Superfície ao longo da qual ocorre o movimento tangencial.