No início deste verão, o vulcão Katla, o maior vulcão da Islândia que se eleva a 1 450 metros, mostrou alguma sismicidade anormal, tendo sido mais tarde explicada pelo IMO (Icelandic Meteorological Office) como comum na época de verão, estando muitas vezes associada ao degelo da cobertura glaciar.
No dia 29 de setembro, a atividade sísmica no vulcão mostrou novamente padrões anormais, evoluindo para enxame sísmico, tendo sido registados alguns sismos com magnitude superior a 3, a profundidades relativamente baixas. O IMO afirma que não há sinais particulares de uma erupção num futuro próximo (dentro de horas ou dias), no entanto dada a sismicidade foi elevado o estado de alerta da aviação de verde para amarelo.
O IMO informa ainda que, até ao momento, não há sinais de deformação do solo ou aumento da libertação de gases hidrotermais. Mesmo assim, as autoridades islandesas estão a enviar policiais para as localidades mais turísticas em torno do vulcão, para o caso de ser necessário proceder à evacuação destes locais.
Devido ao estado de alerta atual do vulcão, vulcanólogos de toda a Islândia monitorizam de perto o vulcão, para ver se este mostra sinais indicadores de uma erupção. Estes sinais podem ser um aumento significativo do tremor harmónico, associado à inflação do vulcão, consequentemente associado à movimentação magmática. Poderá estar relacionada também com a variação dos níveis de água devido à descarga dos muitos rios que se alimentam a partir da caldeira.
A Islândia está localizada num limite de placas tectónicas divergentes sobre a Crista Média Atlântica, possuindo cerca de 30 sistemas vulcânicos ativos. O vulcão Katla entrou em erupção regularmente no passado, aproximadamente uma vez a cada 50 anos.
Em 1918 o vulcão teve a sua última grande erupção, na qual emitiu cinzas durante mais de cinco semanas. Em 1955 e 1999 o vulcão experienciou erupções ligeiramente mais moderadas, nenhuma das quais com magnitude suficiente para fragmentar o gelo que cobre a caldeira com 10 km de largura.
Em 2010 o vulcão vizinho, Eyjafjallajökull, igualmente ativo, entrou em erupção tendo um grande impacto no tráfego aéreo internacional.