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Açores ► Fenómenos Naturais

Foto: IVAR/CIVISA
18-12-2018 17:00
Terceira
Erupção submarina da Serreta: última erupção vulcânica ocorrida nos Açores

Hoje, dia 18 de dezembro, faz 20 anos que teve início a erupção submarina da Serreta. Neste dia em 1998, foram avistadas por pescadores, emanações gasosas no mar a cerca de 10 km da freguesia da Serreta (ilha Terceira).

Quatro dias mais tarde, confirmava-se a erupção submarina de profundidade intermédia, com a emissão de gases, colunas de vapor de água, cinzas e balões de lava flutuantes. Os balões de lava, originados a mais de 300 metros de profundidade, correspondem a estruturas ocas, formadas por uma camada fina de lava, envolvendo uma cavidade central, interpretados como resultado da acumulação de grandes quantidades e bolhas de gás sobe uma película de lava ainda plástica, e que ascendem até à superfície por flutuação. Estes tendiam a flutuar durante poucos minutos (cerca de 15) e, posteriormente, afundavam devido à expulsão dos gases. 

Esta erupção foi precedida por um ligeiro incremento da atividade sísmica a partir do dia 23 de novembro, atribuída à fase de fraturação e injeção de magma no sistema vulcânico submarino, que se estende a W da ilha Terceira. O reduzido número de sismos registados ao longo de toda a erupção, e a baixa magnitude dos eventos, entende-se como resultado da ascensão de um líquido magmático muito fluido ao longo de um sistema de fraturas preexistente e bem definido.

Desde o seu início, a erupção apresentou períodos variáveis, alternando com períodos sem manifestações superficiais, tendo sido registada a sua última observação de atividade no verão de 2001.

Um estudo recentemente publicado, que contou com a colaboração de investigadores do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) e do Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos (IVAR), identifica pela primeira vez o centro emissor da erupção submarina da Serreta. Para além dos balões de lava basálticos (reconhecidos pela comunidade científica internacional como um novo produto eruptivo) e das cinzas vulcânicas observadas em suspensão à superfície, esta erupção produziu ainda um volume significativo de materiais escoriáceos que cobrem o fundo marinho em torno dos cones vulcânicos. Ainda segundo os autores deste estudo, esta erupção correspondeu a uma erupção estromboliana submarina de profundidade intermédia em que se formaram dois cones de escórias (semelhantes aos cones que pontuam as paisagens açorianas).

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Fontes


IVAR/CIVISA

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