A jovem ilha vulcânica de Nishinoshima, localizada a cerca de 1000 km a sul de Tóquio (Japão), está novamente em crescimento. Segundo relatos e fotografias aéreas da Guarda Costeira do Japão, a atividade no vulcão parece mais intensa desde o final do mês de maio, com o vulcão a expelir cinzas e lava com mais vigor do que nos meses anteriores. Com efeito, no dia 3 de julho, a pluma vulcânica subiu a 4.700 metros acima do nível do mar e no dia seguinte, foram detetadas cinzas a 8.300 metros, a maior altitude que uma pluma alcançou desde que o vulcão atingiu a superfície da água em 2013. Foram também ejetadas bombas vulcânicas a 2,5 km da cratera.
De acordo com notícias citando a Autoridade de Informação Geoespacial do Japão, a costa sul da ilha cresceu pelo menos 150 metros entre 19 de junho e 3 de julho. O satélite TROPOMI da Agência Espacial Europia também observou uma pluma considerável de dióxido de enxofre da erupção.
Nishinoshima faz parte das Ilhas Ogasawara, no Arco das Ilhas Vulcânicas. Está localizada a cerca de 130 km da ilha habitada mais próxima. A última grande erupção ocorreu nos anos de 1973-1974, alargando substancialmente a ilha para oeste e elevando o seu cume até aos 52 metros acima do nível médio do mar. Após 40 anos de dormência, o vulcão Nishinoshima entrou em erupção acima do nível do mar em novembro de 2013. Os fluxos de lava estiveram ativos até novembro de 2015, emergindo de um cone piroclástico central. Uma nova erupção em meados de 2017 continuou o crescimento da ilha com emissão de plumas de cinzas, piroclastos e escoadas lávicas. Um breve evento eruptivo em julho de 2018 produziu uma nova escoada lávica e a formação de um centro eruptivo no lado do cone piroclástico. No início de dezembro de 2019, deu-se um novo episódio eruptivo, novamente com a emissão de plumas de cinzas, piroclastos e escoadas lávicas, que continuou até fevereiro de 2020.