Iniciar sessão

Navegar para Cima
Instituto de Investigação
em Vulcanologia e Avaliação de Riscos
Última hora:



Teses ► Mestrado

 

Referência Bibliográfica


OURIQUE, M. (2013) - Contribuição para o planeamento de emergência no Concelho da Praia da Vitória: Caso de estudos na Freguesia de Agualva (Terceira, Açores). Dissertação​ de Mestrado em Vulcanologia e Riscos Geológicos, Universidade dos Açores, 137p.​

Resumo


​O enquadramento geodinâmico do arquipélago dos Açores no Atlântico Norte coloca esta região sob a ameaça de diversos perigos de origem natural, como sejam os geológicos e os hidrológicos, frequentemente relacionados no tempo e no espaço. 

Desde o povoamento da ilha Terceira, no século XV, que o concelho da Praia da Vitória tem sido fustigado por eventos sísmicos e por cheias rápidas com escoadas detríticas, originando grande destruição e perda de vidas e de bens. 

Considerando que o efeito dominó pode aumentar ou agravar as consequências de uma ocorrência sísmica e/ou cheias rápidas, bem como de outros perigos, de origem natural e/ou tecnológica, caraterizou-se o concelho da Praia da Vitória ao nível físico, socioeconómico e infraestrutural. 

De forma a compreender o efeito de tais fenómenos naturais no concelho da Praia da Vitória, analisaram-se diversos casos históricos de eventos sísmicos e de cheias rápidas que afetaram o concelho e, particularmente, a freguesia da Agualva. 

A fim de contribuir para a análise do perigo sísmico e do impacto que determinada ocorrência possa ter no concelho, foi efetuado o levantamento de todo o edificado presente na freguesia da Agualva. Considerando as classes de vulnerabilidade dos edifícios à ação sísmica, de acordo com a Escala Macrossísmica Europeia de 1998 (EMS-98), analisou-se o grau de perda habitacional, tendo-se, para tal, criado cenários com diversas intensidades sísmicas. Dado que a intensidade máxima histórica registada para a freguesia em estudo foi IX (EMS-98), na sequência do sismo de 24 de maio de 1614 (Primeira Caída da Praia), se tal se verificasse atualmente, com as mesmas caraterísticas, em termos de localização epicentral e magnitude, cerca de 48,6% das habitações (284 casas) ficariam destruídas ou com danos muito severos. 

Relativamente ao perigo de cheias rápidas, e atendendo a que o caudal de cheia desencadeia inundações, analisou-se o último grande evento na freguesia da Agualva, que se denominou por Episódio Paroxismal do Dia 15 de Dezembro de 2009. Assim, foram reconstituídos os factos com a delimitação das áreas inundadas em 2009 e estudou-se a vulnerabilidade das habitações. 

Na sequência das obras de reabilitação na Ribeira da Agualva, após o episódio de 2009 e as inundações de 14 de outubro de 2011, admite-se que a ribeira garante o controlo do escoamento do caudal. Neste sentido, analisou-se a situação atual perante o perigo de cheias rápidas na freguesia da Agualva, com a delimitação das áreas suscetíveis ao perigo e o estudo da vulnerabilidade habitacional. Constatou-se que, atualmente, é menor a exposição do edificado ao perigo de cheias rápidas, com uma redução de cerca de 2,2% do edificado vulnerável (13 casas). 

Criou-se uma plataforma baseada em Sistemas de Informação Geográfica direcionada à atividade de proteção civil, ao nível municipal, para o auxílio na tomada de decisões operacionais. Por último, com a finalidade de contribuir para o planeamento de emergência do concelho da Praia da Vitória, esta dissertação enquadra-se na secção II, da parte IV, Informação Complementar, do instrumento de planeamento de emergência (Resolução n.º 25/2008, de 18 de julho). 

Observações


Anexos