Tendo como área de estudo a freguesia do Lajedo (ilha das Flores, Açores), foi efetuado um inventário com 474 movimentos de vertente. Com base no método do Valor Informativo, estudou-se a importância de discriminar os movimentos de vertente por tipologia na avaliação da suscetibilidade. Os resultados obtidos permitiram concluir que: (i) a modelação efetuada com base em partições do inventário por tipologia promove um aumento na qualidade do ajuste dos modelos aos dados de entrada, e (ii) a presença de uma tipologia espacialmente dominante condiciona significativamente um modelo em que se considera o inventário total, enviesando os resultados no sentido de este se ajustar melhor às relações existentes entre as variáveis independentes e a tipologia dominante.
A análise sensitiva efetuada para 12 fatores de predisposição permitiu verificar que a importância relativa e a hierarquização dos fatores podem ser bastante diferentes em função do tipo de movimento de vertente considerado. Com base na hierarquização efetuada foram testadas diferentes combinações de fatores, tendo-se verificado que a partir de um certo número de fatores de predisposição, a inclusão de novos fatores não se traduz numa melhoria significativa da qualidade do ajuste dos modelos aos dados de entrada.