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Instituto de Investigação
em Vulcanologia e Avaliação de Riscos

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Referência Bibliográfica


MARQUES, R., AMARAL, P., ZÊZERE, J.L., QUEIROZ, G., GOULART, C. (2008) - Estudo comparativo de diferentes métodos probabilísticos para a avaliação da susceptibilidade à ocorrência de movimentos de vertente: um caso de estudo no Vale da Ribeira Quente (S. Miguel, Açores). Geomorfologia 2008, IV Congresso Nacional de Geomorfologia. Eixo temático H – Riscos naturais, processos erosivos e dinâmica de vertentes, Braga, 16 - 18 de Outubro (Poster).

Resumo


O vale da Ribeira Quente localiza-se no Concelho da Povoação (S. Miguel, Açores) e apresenta uma área de aproximadamente 9,5 km2. Este vale apresenta condições ímpares para a ocorrência de movimentos de vertente, bem como uma conjuntura de ordenamento do território propícia à ocorrência de grandes catástrofes, tal como aconteceu a 31 de Outubro de 1997, quando quase 1000 movimentos de vertente foram desencadeados por um episódio de precipitação muito intensa, tendo perdido a vida 29 pessoas.

 

A área de estudo tem uma altimetria que varia entre 0 e 616 m e é constituída predominantemente por depósitos vulcânicos provenientes do Vulcão das Furnas. Os produtos eruptivos aflorantes nas vertentes do vale (por vezes com comandos superiores a 400 m), são maioritariamente resultantes de erupções de natureza explosiva (cinzas e lapilli pomítico), os quais, associados à acentuada inclinação das vertentes do vale (cerca de 18,5% da área apresenta declives superiores a 45º), fazem com que esta área seja regularmente afectada por episódios de instabilidade geomorfológica.

 

Neste contexto, a identificação de áreas susceptíveis à ocorrência de fenómeno desta natureza é essencial para a mitigação do risco, para o correcto ordenamento do território e planeamento de emergência. Para tal, foi feito um levantamento exaustivo dos movimentos de vertente existentes na área (à escala 1:5000) e foram utilizados diferentes métodos probabilísticos para a computação da probabilidade espacial de ocorrência de novos eventos, utilizando como unidade de terreno o pixel. Os métodos aplicados foram: Valor Informativo, Weights of Evidence, Probabilidade Bayesiana, Análise Discriminante, Regressão Logística e Lógica Difusa. Todo o trabalho foi baseado no pressuposto que os factores condicionantes e desencadeantes que estiveram na origem dos movimentos de vertente passados determinarão a ocorrência de movimentos de vertente no futuro. Os movimentos de vertente foram considerados como variável dependente e as diferentes variáveis temáticas condicionantes quasi-estáticas (e.g. altimetria, declive, exposição, perfis do talude, usos do solo, litologia), foram consideradas como variáveis independentes.

 

Os resultados de cada modelo foram avaliados individualmente através das respectivas curvas de sucesso e de predição. A escolha do melhor método probabilístico, para o desenvolvimento do mapa de susceptibilidade da área em estudo, foi feita através da comparação dessas mesmas curvas.

 

Este trabalho é parte integrante do projecto VOLSOILRISK (M2.1.2/020/2007), co-financiado pela Direcção Regional da Ciência e Tecnologia (DRCT) do Governo Regional dos Açores e pelo Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG).

Observações


Anexos