O Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) pretende, em 2019, reforçar a formação de bombeiros com enfoque nas equipas operações de busca e resgate em estruturas colapsadas, nomeadamente em situações de sismos. O objetivo será criar nove equipas especializadas, uma por cada ilha, bem como duas brigadas de intervenção em busca e resgate nas ilhas de S. Miguel e Terceira.

De acordo com o Secretário Regional da Saúde, Rui Luís, na apresentação do Plano de Formação de Bombeiros para 2019, a formação dos bombeiros, da sociedade civil e de agentes de proteção civil é um eixo primordial para a segurança efetiva das populações. O Secretário Regional afirmou que “para o próximo ano decidimos reforçar a formação, numa aposta que nos permite manter os níveis de qualificação e acrescentar outras competências aos corpos de bombeiros, nomeadamente com a introdução de uma nova formação a equipas de busca e resgate em estruturas colapsadas”. Acrescenta ainda que este tipo de formação especializada e orientada para as corporações, demonstra bem um dos requisitos essenciais para que os bombeiros açorianos levem a cabo a sua missão.

Quatro elementos da Proteção Civil já adquiriram a formação necessária na Universidade do Texas (EUA) para implementar o curso em questão.

“A herança histórica diz-nos que, em ilhas suscetíveis à ocorrência de catástrofes, tanto maior será a redução de danos quanto maior for a preparação dos bombeiros e das populações e, por isso, nunca é demais o investimento neste setor” assegurou Rui Luís. 

Segundo o Presidente do Serviço Regional de Proteção Civil dos Açores, Carlos Neves, o balanço da formação dada a bombeiros no ano de 2018, conta 114 ações de formação, nomeadamente para tripulantes de ambulância de socorro e de transporte, salvamento e desencarceramento, e combate a incêndios, abrangendo mais de 1100 formandos. Adiantou também que no ano de 2019 haverá um incremento de cursos destinados às corporações, prevendo um total de 125 ações de formação.

No último ano, foram realizadas mais de uma centena de outras formações e ações de sensibilização, a profissionais de saúde, clubes de proteção civil, agentes de proteção civil local e cursos de suporte básico de vida.

“A Proteção Civil não deve ser encarada como um reduto exclusivo da governação, ela deve ser encarada como um ato de cidadania e de responsabilidade partilhada”, afirma o Secretário Regional da Saúde.