Passada uma semana da erupção no vulcão Anak Krakatoa, que provocou um tsunami devastador, começa a tornar-se clara a dimensão do seu colapso.
De acordo com a análise das imagens de satélite do vulcão, os investigadores conseguiram concluir que o vulcão perdeu mais de dois terços da sua altura e volume durante a última semana. Segundo estes, uma grande parte da massa perdida deslizou para o mar num só movimento, o que explica a grande deslocação de água e tsunami consequentes, que inundaram as zonas costeiras de Java e Sumatra.
Tendo em conta os cálculos e análises do Centro de Vulcanologia e Mitigação de Perigos Geológicos da Indonésia (PVMBG) das imagens de vários satélites, incluindo alguns europeus, antes da erupção que ocorreu a 22 de dezembro, o vulcão possuía 338 metros de altura, e agora mede apenas cerca de 110. A perda de altura deu-se principalmente no lado Oeste do vulcão.
Em relação ao volume, o filho do Krakatoa mantém entre 40 a 70 milhões de metros cúbicos, contrariamente aos 150 a 170 milhões que tinha antes da erupção. Devido à zona de exclusão definida para o vulcão, os investigadores não podem visitar ainda o local, pelo que ainda não é claro a quantidade de massa que foi perdida no momento da erupção e quanta se foi perdendo nos dias seguintes.
Devido ao seu tamanho atual, e de acordo com o especialista em tsunamis Gegar Prasetya, a gravidade de outro potencial tsunami pode ser reduzida significativamente.