No dia 27 de Junho de 1997 teve início uma importante crise sísmica que se desenvolveu num sector do Rift da Terceira situado entre as ilhas de S. Miguel e Terceira, mais concretamente nas proximidades da conhecida estrutura vulcânica submarina denominada Banco D. João de Castro.
O evento de maior magnitude ocorreu cerca de 40 minutos após o início da actividade sísmica, atingindo o valor de 5.5 (Md) na escala de Richter e afectando as ilhas Terceira e S. Miguel com intensidade máxima de V na Escala de Mercalli Modificada. Nas ilhas de S. Jorge, do Pico e do Faial a intensidade máxima assinalada foi de III/IV, III/IV e II/III respectivamente. Num período de 3 meses foram registados aproximadamente 3000 eventos, de entre os quais cerca de 45 foram sentidos nas ilhas Terceira e S. Miguel, sem que se tenham verificado quaisquer danos pessoais ou materiais.
Após uma fase inicial bastante energética, a frequência horária e diária de eventos diminuiu de um modo significativo nos primeiros dias, atingindo um padrão relativamente estacionário que se manteve ao longo de toda a crise com valores acima dos normais.
A análise dos registos e o estudo das magnitudes e da energia libertada revelaram um comportamento que pode ser atribuído a factores de ordem tectónica, não se tendo verificado até à data quaisquer sinais indicadores de actividade vulcânica anómala para a zona em questão.