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em Vulcanologia e Avaliação de Riscos
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Teses ► Mestrado

 

Referência Bibliográfica


COUTO, J. (2018) - Elaboração de protocolo para a calibração de estações sísmicas e revisão da escala de magnitude local para a região dos Açores. Dissertação de Mestrado em Vulcanologia e Riscos Geológicos, Faculdade de Ciências e Tecnologias, Universidade dos Açores: 86p.

Resumo


​A atividade sísmica que ocorre nos Açores, derivada do enquadramento geodinâmico do arquipélago, é monitorizada continuamente de forma a garantir uma resposta eficaz às autoridades de proteção civil. Uma das etapas mais importantes para a avaliação da perigosidade sísmica é o conhecimento da magnitude dos eventos sísmicos.

Em 2010 foi possível implementar o cálculo da magnitude local (ML) considerando, para além dos sensores sísmicos calibrados, a influência do sistema de telemetria utilizado na resposta dos mesmos, através de uma calibração própria.

De forma a garantir a fiabilidade dos cálculos de magnitude local, em 2017 foi efetuada a calibração conjunta de sismómetros e da rede telemétrica, com recurso a uma mesa de calibração absoluta desenvolvida pela Lennartz, modelo CT-EW1, com uma precisão de 1%. Tal permitiu uma reavaliação integrada da resposta dos sensores sísmicos e da influência dos sistemas de telemetria utilizados e, consequentemente, a atualização dos ficheiros de resposta usados pelo software de análise sísmica SEISAN, com novos parâmetros mais adequados à realidade atual da rede sísmica.

Pela comparação dos resultados entre os ficheiros de resposta obtidos antes e depois da calibração de 2017, para um mesmo evento sísmico, verificaram-se ligeiras diferenças, sendo estas expectáveis considerando o espaço de tempo decorrido entre as duas calibrações.

Após a validação dos ficheiros de resposta, reavaliaram-se os parâmetros utilizados na equação para cálculo da ML, utilizando uma base de dados mais alargada em relação à utilizada para obtenção do modelo em uso pelo CIVISA desde 2010. Este processo conduziu à definição de uma nova equação, mais adequada relativamente à equação antecessora.

Para além da equação proposta, são apresentadas novas correções por estação, que permitem atenuar discrepâncias que ocorram no cálculo da ML, fruto de características locais das próprias estações. A amplificação local demonstrou não ser um fator preponderante em 17 das 26 estações estudadas, tendo, no entanto, algumas estações apresentado correções superiores a 0,4.

De forma a permitir a deteção atempada de problemas e a adaptação da resposta a todas as alterações que possam ocorrer ao nível da instrumentação, é recomendável a aplicação deste método de calibração nos procedimentos de rotina de gestão e manutenção da rede sísmica. É recomendada também a aplicação da nova equação e valores de correção por estação nos procedimentos de análise de rotina do CIVISA.

Observações


Anexos