Iniciar sessão

Navegar para Cima
Instituto de Investigação
em Vulcanologia e Avaliação de Riscos
Última hora:
  • Ilha de S. Jorge (Sistema Vulcânico Fissural de Manadas) em Alerta Científico V3, após reativação do sistema vulcânico em profundidadeIlha Terceira (Vulcão de Santa Bárbara) em Alerta Científico V2 devido aos níveis de atividade microssísmicaAtividade sísmica na ilha de São Jorge encontra-se acima dos valores normais de referênciaAtividade sísmica no Vulcão de Santa Bárbara (ilha Terceira) encontra-se acima dos valores normais de referênciaSismo de magnitudes 2,1 sentido com intensidade máxima III/IV na ilha TerceiraCrise sismovulcânica de S. Jorge, último sismo sentido: 11 de maio às 09:21h, intensidade máxima III/IV nas freguesias de Santo Amaro e VelasCIVISA apela ao preenchimento do inquérito de macrossísmica em caso de sentir um sismo



 

Vulcões Activos

 
 

 geologia dos açores

 

 Vulcão das Sete Cidades

Sumário


O Vulcão Sete Cidades fica situado na extremidade ocidental da ilha de S. Miguel e corresponde a um vulcão poligenético com caldeira. Presentemente, o interior desta é ocupado por diversas estruturas vulcânicas e quatro lagoas, duas das quais, a Lagoa Azul e a Lagoa Verde, comunicam entre si.
 
A forma quase circular da caldeira desenvolveu-se por três fases associadas a erupções paroxismais. A primeira ocorreu há cerca de 36.000 anos com o colapso do edifício principal. A segunda fase desenrolou-se há aproximadamente 29.000 anos e foi responsável pelo colapso do bordo NW do edifício, levando ao alargamento da caldeira primitiva. Há cerca de 16.000 anos teve lugar a última importante fase, marcada pelo colapso dos sectores N e NE.
 
No Vulcão das Sete Cidades ocorreram cerca de 17 erupções intracaldeira nos últimos 5.000 anos, o que o torna o vulcão central mais activo do arquipélago neste intervalo de tempo. A actividade intracaldeira tem sido essencialmente marcada por erupções traquíticas subplinianas e plinianas, algumas das quais com características hidromagmáticas. A última erupção intracaldeira data de há cerca de 500±100 anos B.P. e deu origem ao cone da Caldeira Seca.
 
Ao longo da história eruptiva deste vulcão, as erupções basálticas, com características mais efusivas ou menos explosivas, havaianas e estrombolianas, ocorreram principalmente nos seus flancos, condicionadas pelos sistemas de falhas regionais e radiais que aí existem.
 
O Vulcão Sete Cidades não tem campos fumarólicos associados, resumindo-se actualmente as manifestações secundárias às nascentes submarinas da Ponta da Ferraria e da praia dos Mosteiros e a algumas zonas de desgaseificação difusa.​

Bibliografia Recomendada


BOOTH, B., CROASDALE, R. e WALKER, G. (1978) – A quantitative study of five thousand years of volcanism on S. Miguel, Azores. Phil. Trans. R. Soc. Lond., 228, pp. 271-319.
 
MOORE, R. e RUBIN, M. (1991) – Radiocarbon dates for lava flows and piroclastic deposits on São Miguel, Azores. Radiocarbon, 33(1), pp. 151-164.
 
QUEIROZ, G. (1997) – Vulcão das Sete Cidades (S. Miguel, Açores): História eruptiva e avaliação do Hazard. Tese de doutoramento no ramo de Geologia, especialidade de Vulcanologia. Universidade dos Açores, Departamento Geociências, 226 p.
 
QUEIROZ, G., PACHECO, J.M., GASPAR, J.L., ASPINALL, W., GUEST, J.E. e FERREIRA, T. (2008) - The last 5000 years of activity at Sete Cidades volcano (S. Miguel Island, Azores): implications for hazard assessment. Journal of Volcanology and Geothermal Research, 178, pp. 562–573.​